FAROESTE VITORINENSE
!
A população Vitorinense acordou atônita nessa sexta-feira, diante dos fatos ocorridos na noite da ultima
quinta feira(15/08), onde depois de uma operação policial, duas pessoas vieram
a óbito, um representante do estado, policial Civil e o outro segundo
informações, seria o acusado de tráfico de drogas e do homicídio do referido
policial civil, até o momento o que se sabe sobre o fato é que, durante a
operação houve uma intensa troca de tiros, onde o resulta final computou nas
duas vítimas fatais.
O Policial Civil, era natural da
cidade de Bacabal, e lotado no quadros da policia civil daquele município. O acusado
de tráfico, por outro lado, era natural de Vitorino Freire e bastante conhecido na cidade, o mesmo também
era proprietário de uma oficina de motos, localizada na principal rua da
cidade.
Utilizei o termo população atônita
e não população surpresa, propositalmente. Nos últimos anos, período que
me reporto a meados das duas ultimas décadas, a população Vitorinense tem
vivenciado tempos sombrios, em todos os aspectos. Os fatos ocorridos na noite
de ontem, é um retrato de uma situação que teve início ainda num passado um pouco recente de nossa história e,
que a partir de então a gravidade tem apenas crescido. Recordo-me de uma
infância tranquila naquela pacata cidade, onde a pobreza era sim gritante,
entretanto os casos de violência não tinha índices tão altos, como atualmente é
vivenciado naquele município.
Os fatores que explicariam
tamanha preocupação são diversos, mas podemos elencar como o principal, a
omissão do próprio estado, partindo dessa premissa a origem do problema nos remete a tempos bem
mais retrógrados, do que há apenas vinte anos como havia citado, tempo este que
me refiro apenas quando abordo o contexto municipal.
Tomamos como exemplo uma pirâmide, para analisar grosseiramente a triste situação. Tendo
o estado ( Maranhão) como o topo, o município (Vitorino) como um degrau abaixo
e, a população vitorinense como a base dessa pirâmide. O estado há mais de
quatro décadas não cumpre o seu papel, está omisso em todos os campos que
necessitam da presença estadual, partindo das áreas fundamentais como, saúde,
educação, segurança e economia, estendendo-se até a áreas de pequena monta, mas
não menos importante, como esporte, turismo e lazer.
Na parte que compete ao município,
a situação da nossa pirâmide imaginária, também não é nada animadora,
destacaria as duas ultimas décadas como uma fase de transição do que podemos
chamar de período mais ou menos, para um estágio considerado ruim. Durante esse
período se viu de tudo naquele município. O descaso dos gestores públicos para
com a população, e os valores e princípios presentes em todo sociedade, serem
banalizados. Políticos metendo a mão literalmente
no dinheiro público e, investindo em propriedades particulares, enquanto a
população predominantemente pobre e mal
instruída, fica limitada e a mercê de um serviço público de mal qualidade.
Diante das duas partes analisadas
acima, não podíamos ter uma boa base de sustentação dessa pirâmide, haja visto,
o descaso dos poderes referidos. Dentro desse contexto, analisamos agora a
população vitorinense, que estaria como base da nossa hipotética pirâmide. A
partir desse horizonte, podemos vislumbrar que a população ora estudada, está
exposta a toda e qualquer sorte de absurdos, que outrora eram inimagináveis
para uma cidade do porte de Vitorino Freire, no entanto a cada dia se faz mais
presente no cotidiano municipal. Tráfico de drogas, assaltos, roubos, furtos,
homicídios, tentativas de roubos e de homicídios, estupros, violência,
consumismo desenfreado de álcool por parte de menores, prostituição de menores
e o alto baixo de educação, são fatores que fazem parte da história atual
daquela cidade.
No tempo em que era criança,
recordo-me, que ladrão, traficante e homicida eram vistos com maus olhos pela
sociedade. Atualmente os mesmos assumiram posição de heróis, é cada vez mais
comum até mesmo em Vitorino, ver um jovem, fazendo apologia ao crime, e não
teme em dizer que usa droga, que pretende ser traficante, matar policial e etc.
Realidade vivenciada também em todo o país.
As mulheres de atualmente, não na
sua plenitude, mas uma porcentagem absurdamente maior do que no passado, não
sentem mais vergonha alguma, de estarem em companhia de ladrões, clonadoores de cartões, traficantes e homicidas, no ponto
de vista delas, é uma questão de status, e desfilam socialmente ao lado dos “foras
da lei”. O s homens não são diferente, fazem questão de deixarem transparecer
que não tem mais medo do estado.
Assim é o retrato triste de uma
população que a cada novo amanhecer, procura a viver mais adaptada ao absurdo da
violência. O único caminho para a
mudança está na educação, mas estudar é chato, careta,cansativo, e requer tempo para começar colher os frutos. A
juventude atual almeja exatamente o contrário, algo que não seja cansativo nem
chato e, que os resultados sejam instantâneos, mesmo que para isso esteja em
risco sua reputação ou sua vida.
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